A primeira foi a fase da Idealização (1895 a 1899), sendo o Dr. G. Butler o principal nome dessa época. Tudo começou no ano de 1893, quando na ocasião o Rev. Butler ainda pastoreava a IP do Recife e teve a informação por parte de um colportor, o sr. David Law. Acompanhado de um pastor congregacional, os quais começaram um trabalho evangelístico em Garanhuns antes de retornarem a Recife devido às perseguições, relatou ao Dr. Butler a necessidade de abrir nessa localidade uma igreja evangélica. Prontamente, no dia 06 de março, o Rev. Butler chegou a Garanhuns, acompanhado de um dos membros da sua igreja do Recife, o sr. Antônio Souto de Araújo. O trabalho teve início e rapidamente começou a dar os devidos frutos, pois, no dia 06 de janeiro de 1895, houve o batismo e profissão de fé de 15 pessoas. Entres essas, estava o jovem Jerônimo Gueiros, tendo apenas 15 anos na ocasião. O Rev. Butler, percebendo a necessidade de um maior investimento na vida de alguns desses jovens promissores ao ministério pastoral e considerando as inúmeras ocupações com seu próprio ministério pastoral e o exercício da medicina, resolveu convidar para lhe ajudar o Rev. Martinho de Oliveira, que na ocasião pastoreava uma congregação presbiteriana no campo de Pão de Açúcar, no Estado de Alagoas.
A segunda fase é denominada de Embrionária (1899 a 1903). O seu maior representante está na pessoa do Rev. Martinho de Oliveira, pois, além da sua importância para esse momento, lançou as bases para a criação da escola teológica. Chegando em Garanhuns, ficou hospedado por um tempo na casa do Rev. Butler. Todavia, não demorou para que tivesse a sua própria residência, onde fez uso de um dos seus singelos quartos para dar início a primeira sala de aula do “Colégio Teológico”. Era um ambiente simples, havendo apenas uma mesa de madeira com alguns bancos e um quadro negro com inúmeras anotações. Ela contava apenas com a presença de dois alunos: Jerônimo Gueiros e João dos Santos. Esse último desistiu e acabou se afastando do Evangelho. Com pouco tempo, houve a matrícula de dois novos alunos: Lourenço de Barros e Benjamim Marinho de Oliveira. Nesse ínterim, pensando num melhor investimento no preparo teológico que desejavam proporcionar, convidaram um pastor estadunidense que residia na Paraíba: o Rev. George H. Henderlite. Porém, quando tudo caminhava para a concretização das bases do seminário, o inesperado infortúnio bateu as portas. O Rev. Martinho de Oliveira participou da reunião do seu presbitério nos dias 02 a 09 de julho de 1903, na cidade do Recife, onde teve a grata satisfação de ver o seu sonho realizado, já que o presbitério resolveu adotar a “Escola Teológica”, reconhecendo-a como seminário e designado o Rev. Martinho como diretor e professor. Contudo, nessa mesma reunião, começou a sentir-se mal com uma indisposição estomacal. Apesar de todos os cuidados necessários, faleceu em Garanhuns no dia 28 de julho de 1903.
A terceira é a fase do Seminário Presbiteral (1903 a 1919). Nesse período, surgem dois importantes nomes: o Dr. George E. Henderlite, que após a morte de Martinho de Oliveira, assumiu e manteve a escola, e o Rev. Jerônimo Gueiros, sendo esse o grande defensor pela educação teológica no Norte do Brasil. A morte de Martinho causou naturalmente uma enorme tristeza, bem como uma natural preocupação com o futuro do recente seminário. Mas estão registradas nas atas dessa honrosa instituição as palavras que todos precisavam ouvir naquela triste ocasião, que foram afirmadas pelo Rev. Henderlite no sepultamento de Martinho: “Morreu Martinho, mas não morreu o Seminário!”.
A quarta fase é a do Seminário Sinodal (1922 a 1948). Seu grande personagem é o Rev. Antônio Almeida, tendo sua importância nos esforços pela manutenção do Seminário. Após os inúmeros embates entre os concílios do Sul e do Norte quanto à legalidade e oficialização do funcionamento do seminário na região do “Norte”, houve uma “vitória” temporária do grupo do Sul, continuando apenas o Seminário do Sul como único órgão teológico da IPB. Por sua vez, os trabalhos que estavam sendo realizados em Garanhuns tiveram as suas funções “encerradas” durantes alguns anos. Durante 24 anos, entre 1924 e 1948, o Seminário Evangélico do Norte teve a participação e colaboração de algumas denominações. Havendo uma maior intensidade por parte dos congregacionais, tanto financeiramente como através da contribuição de professores e envio de seminaristas. Foi um período em que as turmas de seminaristas eram pequenas, formadas geralmente com 2 a 6 alunos, com exceção da turma de 1924, que contou com a presença de 17 alunos. Foi no ano de 1924 também que a Igreja Presbiteriana do Brasil, em sua Assembleia Geral, oficializou o Seminário do Norte como uma de suas instituições de educação teológica.
Por sua vez, a última fase é de Exclusividade Denominacional (1948 em diante). Foi no ano de 1948 que a mesa Executiva da IPB decidiu mudar o nome do Seminário Evangélico do Norte para Seminário Presbiteriano do Norte.
Durante esses 120 anos de história, o SPN teve a presença de 29 Diretores (Reitores), 25 Capelães (Deãos) e a contribuição na formação de graduação teológica na vida de aproximadamente 1.200 alunos. O SPN é denominado carinhosamente de Casa de Profetas. E o tem sido! Um lugar que tem experimentado visivelmente a bondosa graça de Deus. Como fruto dessa graça, ele tem servido no preparo de obreiros e servos do Senhor, os quais, conhecidos ou no anonimato, têm servido a Deus na Sua seara. Tudo isso nos faz lembrar as palavras do profeta: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. (I Sm.7:12).
Rev. Prof. Dr. José Roberto de Souza
Prof. e coordenador do depto de História da Igreja no SPN
Missão
Glorificar a Deus na excelência da formação de Ministros da Palavra e do Sacramento, e de líderes para a Igreja de Cristo, com ênfase reformada confessional, visando o crescimento do Reino de Deus.
Visão
Ser reconhecida como uma instituição de excelência na educação teológica reformada confessional no Brasil.
Valores
A glória do Deus Triúno; Autoridade das Escrituras; Santidade; Bom Relacionamento Pessoal; Bom Desempenho; Cooperação; Responsabilidade Social; Disciplina.